O Instituto Extremenho de Reprodução Assistida está a incorporar nos seus pacientes uma nova técnica de compatibilidade imunológica para avaliar a tolerância materno-fetal, que pode ajudar consideravelmente a melhorar as possibilidades de conseguir uma gravidez em pacientes com determinadas características imunológicas.

A base deste teste consiste na análise de receptores na mãe denominados KIR que, no caso de ter uma determinada combinação específica (AA), dificultam a gravidez se o embrião possuir na superfície das suas células moléculas denominadas HLA-C2.

Devido a esta incompatibilidade, se uma futura mãe fizer a análise e o resultado for KIR AA, é aconselhável efetuar análises adicionais ao homem (ou à dadora de óvulos, no caso da técnica de ovodontia). Tudo isto permitiria melhorar a compatibilidade ou, se necessário, efetuar um tratamento médico imunossupressor, favorecendo assim a implantação do embrião.

Estes estudos são indicados em pacientes com falhas recorrentes de implantação ou abortos espontâneos frequentes, pois em muitos casos o problema reside nesta falta de compatibilidade.

A imagem seguinte mostra o princípio básico deste mecanismo de reconhecimento e as combinações possíveis de ligandos e receptores:

Possíveis combinações de ligandos HLA-C trofoblásticos e receptores de imunoglobulina de células assassinas naturais (KIR) maternas. Existem seis combinações possíveis de HLA-KIR na interface materno-fetal, com base na zigosidade HLA trofoblástica e no haplótipo KIR materno. Imagem e texto modificados de Morin. Haplótipo KIR, ligandos HLA e risco de perda. Fertil Steril 2016.

Para informações mais detalhadas sobre como ocorre esta reação imunológica, pode aceder ao seguinte link:

https://ieralisboa.pt/pt/teste-de-compatibilidade-imunitaria