É cada vez maior o número de mulheres que querem ver realizado o seu desejo da maternidade, num projeto independente.

Esta decisão de assumir um projeto familiar monoparental está associada a diversos fatores, desde a idade em que desejam ser mães até ao fato de ainda não terem encontrado o pai que desejam para os seus filhos.

Atualmente a legislação portuguesa, através da lei nº17/2016 de 20 de Junho, ampliou as condições de admissibilidade às técnicas de Reprodução Assistida em Portugal. A partir de então, as técnicas de procriação medicamente assistida (PMA) podem ser utilizadas por todas as mulheres que querem ser mães independentemente de terem problemas de infertilidade ou do seu estado civil.

Do ponto de vista burocrático, é um processo relativamente simples, na medida em que a gravidez é obtida com recurso a esperma de um dador.

Relativamente às técnicas utilizadas, estas podem variar de mulher para mulher, sendo o seu historial clínico relevante para perceber se há complicações ginecológicas anteriores, além da sua idade.

As técnicas mais utilizadas para mulheres sem parceiro são:

-Inseminação Artificial com esperma de dador (IAD): esta técnica consiste na colocação de uma amostra de sémen do dador previamente preparada em laboratório, de forma a recuperar os espermatozoides mais aptos para a fecundação no interior do útero da mulher e, desta forma, aumentar as possibilidades de fertilização do óvulo. 

Para mulheres com menos de 35 anos e com um sistema reprodutivo saudável esta é a técnica indicada, por ser um processo mais simples e espontâneo.

-Fecundação in Vitro com ovócitos próprios e esperma de dador: recolhem-se os ovócitos dos ovários da mulher e estes são fecundados com espermatozoides do dador em laboratório, de forma a simular o processo que ocorre naturalmente nas trompas.
A Fertilização in Vitro é utilizada caso a IAD não possa ser utilizada ou tenha ocorrido sem sucesso.

-Fecundação in Vitro com ovócitos e espermatozoides doados: a grande diferença deste processo do anterior é que são utilizados os óvulos de uma dadora, ou seja, esses óvulos doados são fertilizados em laboratório com os espermatozoides também doados para a formação de embriões e, posteriormente, transferidos para o útero da mulher.

Este tipo de situações aplica-se a mulheres que não têm capacidade de produzir óvulos - por exemplo devido à menopausa precoce, tratamentos oncológicos anteriores ou a própria  idade. Em alguns casos em que a mãe tem uma doença genética e quer evitar passá-la à criança.

Conheça as diferenças entre Fertilização In Vitro e Inseminação Artificial (LINK FIV vs IA)

A decisão de ser mãe independente deve ser muito bem ponderada

Além de procedimentos técnicos colocam-se também algumas questões psicológicas. Ser mãe sem um parceiro ou parceira é ter consciência de que será a única responsável por todo o processo que vai desde o tratamento e gravidez até ao nascimento do tão desejado bebé e respetiva educação da criança.

Psicologicamente para uma futura mãe é algo intenso e deve ser gerido o melhor possível para que, tanto a mãe como o bebé estejam tranquilos. Desta forma, achamos que é essencial haver um acompanhamento psicológico para enquadrar todo o percurso que levou a esta decisão, expectativas, medos e a melhor forma de desfrutar deste momento.

Na IERA Lisboa damos vida ao sonho de todas as mulheres, sem exceção, que querem ser mães.

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