ROPA: Receção de Óvulos da PAarceira – Uma solução para casais homoparentais femininos

ROPA: Receção de Óvulos da PAarceira – Uma solução para casais homoparentais femininos

Ajudamos todas as mulheres a concretizar o seu sonho: mulheres com parceiro, sem parceiro ou casais homoparentais femininos. 


Ao longos destes últimos anos, o número de casais de mulheres a quererem cumprir o desejo da maternidade tem aumentado.

O que é?

O método ROPA (Receção de Óvulos da Parceira) é uma técnica de reprodução medicamente assistida e tem como caraterística principal o tratamento de fertilização in vitro (FIV), partilhado entre as duas mulheres.

Uma das mulheres fornece os óvulos, através da punção ovárica (recolha de óvulos). Esses óvulos serão fertilizados com o sémen de um dador - previamente selecionado - e essa será a mãe genética.

Posteriormente, a outra mulher recebe os melhores embriões, que serão introduzidos no seu útero.
Esta é a mulher que irá engravidar e levará a gravidez adiante até ao momento do parto.

Assim, ambas participam de forma ativa no processo de gravidez: uma das mulheres do casal é a responsável pela doação do óvulo (mãe genética) e a outra pela gestação do embrião (mãe gestante).

A legislação portuguesa considera ambas as mulheres como progenitoras do bebé e, mesmo a mãe genética da criança, é automaticamente considerada como progenitora legal.

Etapas do tratamento

No tratamento ROPA, as duas mulheres são sujeitas a uma preparação: a mãe genética será estimulada hormonalmente para a recolha dos óvulos e a mãe gestante para a receção do embrião no seu útero.

O tratamento pode ser feito de forma sincronizada e, por isso, a menstruação de ambas as mulheres terá de coincidir. Geralmente, recorre-se ao uso de medicamentos para que seja possível alinhá-las de forma equilibrada.

 

Ao segundo ou terceiro dia de menstruação inicia-se o procedimento para a mulher que dá os óvulos. Este consiste numa estimulação ovárica, para induzir os ovários a produzir mais óvulos maduros.
Ao mesmo tempo, a parceira prepara o seu endométrio para a receção dos embriões.

Em ambos os casos são feitas duas a três ecografias durante o tempo do procedimento - 12 a 14 dias.

A punção ovárica realiza-se quando os folículos já tiverem atingido o tamanho ideal e assim possam ser extraídos os óvulos. É realizada por via vaginal, sob sedação e dura cerca de 20 minutos. Nesse dia, a mulher gestante começa um tratamento de progesterona para se preparar para receber o embrião.

 

A fecundação que ocorre em laboratório realiza-se na maioria das vezes com a microinjeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), que consiste em colocar um espermatozoide do dador diretamente no interior de cada ovócito. Após este procedimento, os embriões permanecem, alguns dias, no laboratório em cultura e observação através de um sistema time-lapse, até ser decidido o momento ideal para serem transferidos.

Paralelamente, a mulher gestante, após a administração de progesterona, continua a preparar o seu endométrio para que este atinja a espessura certa.

A transferência embrionária ocorre quando o útero está pronto para receber os embriões. Não é dolorosa, por isso, não requer qualquer tipo de anestesia e é feita normalmente três a cinco dias depois da punção ovárica.

De referir que é aconselhável a transferência de um único embrião se este tiver boa qualidade e que a lei não permite a transferência de mais de dois embriões.

No dia da transferência e no dia seguinte é recomendável algum repouso. Deve apenas evitar esforços extras durante as duas semanas seguintes.

 

O teste de gravidez realiza-se 12 a 15 dias após a transferência embrionária, através da análise ao sangue BhCG (beta). Após a confirmação de gravidez, é realizada uma ecografia, que determina o tipo de gravidez- múltipla ou simples- e analisa a presença de batimento cardíaco.

A importância da mãe gestante na criança

Embora o DNA do embrião seja herdado da mãe genética (a que doa os óvulos) e do dador de sémen, vários estudos científicos  demonstram que durante o período em que o embrião se desenvolve no útero também ocorrem alterações na expressão genética do embrião, que são definidas pelo ambiente uterino da mãe gestante (influência epigenética).

Ou seja, apesar de o embrião não herdar nenhuma das características da mãe gestante, o desenvolvimento no seu útero vai influenciar de forma única outros fatores. Como por exemplo, a proteção da criança a determinadas doenças. 

Desta forma, o tratamento acaba por ser uma jornada a duas, em que ambas partilham os mesmos sentimentos e emoções. 

Para saber mais informações sobre este tratamento envie-nos um formulário de contacto ou ligue para o 212 696 338

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