Gravidez depois do Cancro
As técnicas de reprodução medicamente assistida têm permitido a várias mulheres afetadas pelo cancro realizar o desejo de ser mãe. Atualmente, já há alternativas e soluções para evitar que o cancro as impeça totalmente de verem realizado este desejo.
É importante que saibamos o impacto do cancro na fertilidade, pois os tratamentos oncológicos podem afetar a nossa capacidade reprodutiva, assim como as possibilidades que estão ao nosso alcance para preservar a fertilidade.
Através desta opção e uma vez superado o cancro é possível haver uma gravidez, sem que a qualidade dos óvulos seja afetada.
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Como saber se uma paciente é candidata a um tratamento de preservação da fertilidade?
Deveremos ter em conta vários aspetos: por um lado, as possibilidades da paciente se curar a priori e, por outro lado, a probabilidade de que a técnica seja um êxito.
O primeiro ponto é avaliar o tipo de tumor e o segundo ponto: a idade da paciente, o tipo de técnica que se pode utilizar, a reserva ovárica, etc.
Outros fatores a discutir com a paciente, com o parceiro e com o resto da equipa são:
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o atraso para iniciar o tratamento oncológico (geralmente aceitável);
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se a mulher já teve filhos ou não;
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o momento em que futuramente se iniciará a técnica de reprodução assistida.
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A preservação da fertilidade acarreta algum risco para a saúde?
Esta é uma pergunta bastante comum, mas, de forma geral, nenhuma técnica de reprodução assistida foi associada a um maior risco de cancro em pacientes saudáveis, nem nas pacientes que se submetem a esta técnica depois de um diagnóstico de cancro.
O único fator a ter em conta é não deixar que o tratamento para a preservação da fertilidade atrase o início do tratamento sistémico. Atualmente, com a introdução de tratamentos rápidos de estimulação, podemos ter bons resultados e adiar a quimioterapia por apenas 12 a 14 dias, sendo ainda um período perfeitamente aceitável para a maioria dos casos.
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Qual é a técnica mais frequente para preservar a fertilidade?
A vitrificação de ovócitos é a técnica mais frequentemente utilizada para preservar a fertilidade.
Esta consiste na estimulação dos ovários, mediante hormonas injetáveis, e na extração de ovócitos maduros, através da punção folicular e sob sedação. Uma vez extraídos, os óvulos são criopreservados através de uma técnica de congelamento ultra-rápido, a chamada vitrificação, na qual um meio com um alto conteúdo de crioprotetores é arrefecido rapidamente sem que se formem cristais de gelo - o que evita danos celulares nos ovócitos.
As vantagens que a preservação de ovócitos apresenta face a outras técnicas, como a vitrificação de embriões, é que não é necessário que exista um parceiro ou um projeto reprodutivo. Também desta forma não se geram embriões, e evitam-se possíveis problemas ético-legais.
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Quem pode recorrer à vitrificação de ovócitos?
Qualquer mulher, com ou sem parceiro, que deseje adiar a maternidade para o momento mais adequado. Apesar de que, até quando o deve fazer, é uma questão fulcral.
É importante perceber que a mulher nasce com um determinado número de óvulos que vai diminuindo ao longo da vida. Mas, a partir dos 35 anos ocorre um declínio na fertilidade feminina, podendo variar em função do número de óvulos no nascimento, fatores genéticos, ambientais, tóxicos, etc.
Desta forma é aconselhável preservar a fertilidade até aos 35-38 anos. Em caso de mulheres com mais idade é prudente explicar as opções reais de preservar a fertilidade e de gravidez, para que conjuntamente com o seu médico se tomem as medidas mais adequadas.
Graças às técnicas de reprodução medicamente assistida, várias mulheres têm conseguido cumprir o sonho de ser mãe. Marque uma consulta, através de um formulário de contacto ou ligue para o 961 282 026, para conhecer as opções para o seu caso.
Na nossa clínica, personalizamos cada caso.