Falsas Crenças e Mitos acerca da Gravidez
São diversas as crenças populares acerca da gravidez e do parto. Em alguns dos casos, com o acesso à informação e através do trabalho de divulgação de muitos profissionais de saúde, muitos desses mitos caem em desuso. No entanto, é curioso como algumas ideias permanecem tão enraizadas nos pacientes e continuam a ser um motivo frequente para ir a uma consulta de assistência obstétrica.
Neste artigo vamos esclarecer algumas das dúvidas mais comuns:
MITO 1. A posição do bebé no útero serve para prever qual será o sexo.
É impossível determinar o sexo do feto através da morfologia do útero ou da barriga da gestante. Também não há nenhuma evidência científica para prever o sexo do feto, tal como alguns mitos como a cor da urina da grávida, desejos, náuseas ou se o feto é muito ativo.
MITO 2. Durante a gravidez não se pode andar de avião.
Numa gravidez que decorre com normalidade, sem complicações, não há contraindicação para andar de avião. No entanto, cada vez é mais frequente as companhias aéreas exigirem às pacientes um atestado médico que certifique a sua idade gestacional no momento do voo e que a evolução da gravidez foi normal. Também é frequente que não seja permitido a grávidas com mais de 36-37 semanas embarcarem, principalmente pela possibilidade do trabalho de parto iniciar-se durante o voo e obrigar a uma aterragem forçada.
MITO 3. Desfaça-se do seu gato.
Não é certo que não possa acariciar o seu gato durante a gravidez e muito menos que deva desfazer-se dele. No entanto, é aconselhável que a gestante evite limpar os excrementos, assim como mudar a caixa da areia, devido ao risco de toxoplasmose e outras parasitoses. De qualquer modo, no caso de ser forçada a fazê-lo, use luvas e lave as mãos corretamente.
MITO 4. A grávida deve comer por dois.
Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes, em conjunto com exercício físico, é a base de uma gravidez saudável. Para a maioria das mulheres grávidas, o aumento médio da ingestão calórica durante a gravidez é cerca de 300 kcal, ou seja, um aumento de cerca de 20% da ingestão. Em qualquer caso, será o médico quem, tendo em conta as suas características, a atividade física que desenvolve, os controlos analíticos e o aumento ponderal que vai tendo, melhor a aconselhará em relação às necessidades nutricionais. Em algumas grávidas também poderá ser necessária a intervenção de uma nutricionista.
Saiba mais em Estou Grávida. O que devo comer?
Esperamos que este artigo tenha servido para esclarecer algumas “falsas crenças” relacionadas com a gravidez e lembre-se, caso tenha alguma dúvida sobres estas questões, não hesite em consultar o seu médico.